Mortos 5 palestinianos em confrontos com forças israelitas na Cisjordânia
Cinco palestinianos foram mortos em confrontos com as forças israelitas na zona de Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou hoje o diretor do hospital local, Amin Khader.
© Reuters
Mundo Israel/Palestina
Os cinco homens, com idades entre os 21 e os 29 anos, foram mortos durante uma operação do exército israelita na cidade e no campo de Tulkarem, disse, à agência France-Presse (AFP), o responsável do hospital de Thabet, onde foram declarados os óbitos.
Testemunhas no acampamento local relataram violentos confrontos e um destacamento maciço das forças israelitas para deter os jovens.
O exército israelita confirmou à AFP a realização de uma operação neste setor da Cisjordânia ocupada, sem especificar de imediato as razões ou comentar o número de mortos palestinianos.
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde do movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, anunciou que 14 palestinianos morreram num dia de combates em Jenin, setor no norte da Cisjordânia, no mais mortífero ataque israelita no território desde 2005, ano em que a ONU começou a contar as mortes causadas pelas incursões israelitas.
Para o exército de Israel, estas operações são resposta a um "aumento significativo dos atentados terroristas" na Cisjordânia, território ocupado desde 1967, com "mais de 550 tentativas de atentados desde o início da guerra" entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro, em Gaza.
Desde esse dia, cerca de 180 palestinianos foram mortos na Cisjordânia na sequência de disparos de soldados ou colonos israelitas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Em 07 de outubro, o movimento islamita lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, bombardeou várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram mais de 11 mil vítimas, na maioria civis, na Faixa de Gaza, indicou o Ministério da Saúde do Hamas.
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