A delegação russa chegou na terça-feira, a Pyongyang, para discutir "a cooperação nos domínios do comércio, economia, ciência e tecnologia", disse a KCNA.
Em discursos, proferidos na terça-feira, as duas partes concordaram em "revitalizar ainda mais as relações bilaterais em todas as áreas e levá-las a um nível superior", referiu a agência.
O Kremlin está "ansioso por desenvolver uma cooperação significativa em relação aos acordos alcançados na cimeira" entre a Rússia e a Coreia do Norte, disse a KCNA, referindo-se ao encontro em setembro entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin.
A KCNA indicou ainda que uma delegação da Coreia do Norte, liderada pelo ministro dos Desportos e Cultura, partiu para a Rússia para participar num fórum na cidade de Perm, no oeste do país.
De acordo com a Coreia do Sul, o Norte forneceu à Rússia mais de um milhão de munições de artilharia para a guerra na Ucrânia, recebendo em troca aconselhamento técnico para os satélites.
Pyongyang "podia potencialmente expandir o comércio planificado, exportando produtos relacionados com a guerra para a Rússia", disse à agência de notícias France-Presse o diretor do Instituto Global de Estudos sobre a Coreia do Norte, Ahn Chan-il.
O país, isolado e cuja economia foi gravemente afetada pela pandemia da covid-19, podia fazer isso "em troca da importação de alimentos e recursos energéticos", acrescentou Ahn, um desertor norte-coreano.
Na semana passada, o Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) condenou as transferências de armas do país para a Rússia, apelando aos dois lados para que "cessem imediatamente todas essas atividades".
Na segunda-feira, os chefes da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul reviram, pela primeira vez numa década, um acordo estratégico de dissuasão militar para combater Pyongyang, numa altura em que os dois aliados intensificam a cooperação em matéria de defesa, em resposta às crescentes ameaças nucleares vindas do Norte.
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