"Exigimos o cessar-fogo imediato de Israel sobre Gaza e o estrito cumprimento do direito internacional humanitário, que claramente não se está a respeitar", afirmou Pedro Sánchez, no arranque do debate de dois dias no parlamento espanhol para a sua reeleição como primeiro-ministro, na sequência das eleições de 23 de julho.
Sánchez pediu que não haja dúvidas de que Espanha, que tem atualmente a presidência semestral do Conselho da União Europeia, "está com Israel na repulsa e resposta ao atentado terrorista" de outubro do grupo islamita palestiniano Hamas.
"Mas com idêntica clareza rejeitamos a matança indiscriminada de palestinianos em Gaza e na Cisjordânia", acrescentou, antes de defender a entrada imediata em Gaza de ajuda humanitária aos palestinianos e uma conferência de paz internacional que abra as portas à diplomacia e ao reconhecimento do Estado palestiniano pela comunidade internacional.
O líder do partido socialista espanhol (PSOE) assumiu mesmo como "primeiro compromisso" da nova legislatura em Espanha e do novo governo que vai liderar, "trabalhar, em Espanha e na Europa" pelo reconhecimento do Estado palestiniano.
O Hamas, um grupo palestiniano extremista, controla a Faixa de Gaza desde 2007, de onde cerca de três mil dos seus militantes lançaram um ataque sem precedentes contra o sul de Israel em 07 de outubro.
O ataque causou 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma declaração de guerra ao Hamas e uma ofensiva contra Gaza que o grupo islamita disse que já matou mais de 11 mil pessoas.
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