Acusado espanhol que roubou e vendeu máscaras fora do prazo a português

O crime aconteceu no auge da pandemia de Covid-19, em Santiago de Compostela. O Ministério Público pede agora três anos e meio de prisão para o empresário, que vendeu dezenas de milhares de unidades a uma empresa portuguesa.

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Notícias ao Minuto
17/11/2023 16:37 ‧ 17/11/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

Um empresário espanhol, residente em Santiago de Compostela, roubou cerca de dois milhões de máscaras de proteção individual no início da pandemia de Covid-19, em fevereiro de 2020. Apesar de estarem fora do prazo, um empresário português, de Viana do Castelo, pagou oito mil euros em numerário por algumas dezenas de milhares de unidades.

Três anos e meio depois do crime, o Ministério Público espanhol pede que o homem, identificado como Javier Conde Fiestras, seja condenado a uma pena de três anos de prisão pelo crime de fraude

De acordo com a acusação, a que o jornal local El Correo Gallego teve acesso, o acusado era intermediário no setor imobiliário e estava autorizado, desde novembro de 2015, a mostrar um armazém de uma empresa que entrou em processo de falência a possíveis compradores.

Naquele armazém, situado no parque industrial de Polígono de Tambre, estava armazenada uma enorme quantidade de material sanitário, que pertencia a uma outra empresa também em processo de falência.

Entre os bens armazenados, estava diverso material médico, como luvas, calças, calçado, talas e, sobretudo, máscaras de proteção individual do tipo FFP2. No entanto, a maior parte estava fora do prazo - motivo pelo qual estava ali armazenado em vez de estar no mercado, numa altura em que havia escassez deste tipo de material. 

Segundo o Ministério Público espanhol, Javier Conde decidiu "aproveitar-se" da situação e, "apesar de não estar autorizado a vender os bens depositados no armazém, decidiu torná-los seus e vendê-los a terceiros". 

O caso foi descoberto pela Polícia Autónoma da Galiza, que, a 27 de março de 2020, descobriu uma série de caixas de cartão vazias, que anteriormente continham máscaras (200 unidades por caixa) do tipo FFPS HY 9322 e do tipo FFP2 JTY B11F. Apesar de não haver registo do número de máscaras que foram furtadas, as autoridades estimam que tenham chegado aos dois milhões

O empresário espanhol confessou que vendeu vários lotes a uma empresa sediada em Viana do Castelo. No total, terá entregado 1.800 unidades no dia 3 de fevereiro de 2020, 20.000 unidades no dia 5 de fevereiro, outras 20.000 unidades no dia seguinte, 6.600 unidades no dia 10 de fevereiro, 20.000 unidades no dia 12 de fevereiro, 8.800 unidades no dia 13 de fevereiro e 2.800 unidades no dia 17 de fevereiro de 2020. 

Segundo o próprio, o comprador português foi até ao parque industrial de Polígono del Tambre com um camião para poder levar as máscaras adquiridas e pagou oito mil euros em numerário por elas. 

O empresário espanhol viria a ser detido em sua casa em Santiago de Compostela no início de abril de 2020 e, além do comprador de Viana do Castelo, terá também contactado outros empresários português a quem vendeu alguns lotes das máscaras. 

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