O ex-líder do Partido Popular (PP) da Catalunha, Alejo Vidal-Quadras, publicou a sua primeira mensagem pública nas redes sociais após ter sido baleado na cara, no passado dia 9 de novembro.
Numa publicação, na noite de sexta-feira, Vidal-Quadras comentou o atual estado da política espanhola, considerando que o primeiro-ministro Pedro Sánchez "transforma o adversário eleitoral num inimigo a expulsar do sistema".
"A democracia pode ser consensual (UE) ou mais ou menos conflituosa (países ocidentais). O 'sanchismo' escapa a ambas as categorias porque transforma o adversário eleitoral num inimigo a expulsar do sistema através da destruição de consensos constitucionais básicos", escreveu.
La democracia puede ser consensual (UE) o de mayor o menor confrontation (países occidentales). El sanchismo escapa a ambas categorías porque convierte al adversario electoral en enemigo a expulsar del sistema mediante la destrucción de los consensos constitucionales básicos.
— Alejo Vidal-Quadras (@VidalQuadras) November 17, 2023
Em causa está a proposta de lei de amnistia para independentistas catalães, entregue no parlamento pelo partido socialista espanhol (PSOE), na sequência de acordos feitos com dois partidos catalães, que em troca viabilizaram, na quinta-feira, um novo governo de esquerda em Espanha, liderado por Pedro Sánchez.
Recorde-se que o também ex-vice-presidente do Parlamento Europeu foi baleado na cara no passado dia 9 de novembro, na via pública, em Madrid. Segundo foi revelado na altura, o político, de 78 anos, estava a caminhar na rua quando foi interpelado pelo atirador, que disparou à queima-roupa e o atingiu na mandíbula.
Alejo Vidal-Quadras foi eurodeputado pelo Partido Popular entre 1999 e 2014, tendo assumido funções como vice-presidente do Parlamento Europeu entre 2004 e 2007.
Em 2022, após 30 anos de filiação, abandonou o PP, alegando uma falta de democracia interna e por discordâncias com a direção nacional, acabando por juntar-se ao partido de extrema-direita Vox, embora lá só tenha permanecido durante um ano, devido também a divergências com a direção.
Leia Também: Fundador do Vox baleado acusa Irão pela sua relação com oposição iraniana