A Câmara Nacional Eleitoral (CNE) argentina indicou que 76% dos 35,8 milhões de argentinos habilitados para votar acudiram às urnas para escolher entre o candidato presidencial oficialista, Sergio Massa, e o líder de La Libertad Avanza (ultraliberal), Javier Milei.
A confirmar-se esta participação nos resultados finais, que serão divulgados durante a próxima semana, será a participação mais baixa desde o regresso à democracia após a última ditadura militar (1976-1983), segundo a agência EFE.
O anterior mínimo data de 2007, quando se registou uma participação de 76,20%.
O voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos e facultativo para idosos e jovens de 16 e 17 anos, bem como para aqueles que vivem no exterior.
Na primeira volta, em 22 de outubro, Sergio Massa, candidato do partido no poder, obteve 36,78% dos votos, enquanto Javier Milei, que é apoiado pelo ex-presidente Mauricio Macri e se define como um "anarco-capitalista" - uma forma extrema de liberalismo defensora de uma sociedade capitalista sem Estado - ficou com 29,99%.
Para a reta final da eleição, Milei obteve o apoio da terceira classificada na primeira volta, Patricia Bullrich.
A média das 12 sondagens às quais a Lusa teve acesso deixa Milei com 44,65% das intenções de voto contra 42,67% de Massa, uma diferença de dois pontos, dentro da margem de erro, deixando a decisão nas mãos dos 6% de indecisos.
O próximo presidente argentino, que sucederá ao peronista Alberto Fernández (2019-2023), governará a partir de 10 de dezembro para o período 2023-2027.
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