Espanha: Mais de mil cães sem orelhas e cauda. Investigados 58 donos

Um veterinário foi detido por alegadamente falsificar os boletins de saúde de alguns destes animais.

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© Getty Images/ALFREDO ESTRELLA

Notícias ao Minuto
20/11/2023 13:05 ‧ 20/11/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

A Guardia Civil está a investigar 58 proprietários de cães acusados de mutilar 1.111 cães a quem cortaram as orelhas e as caudas em Almeria, Granada, Málaga, Jaén, Córdoba e Sevilla, em Espanha.

No âmbito da operação, foi detido um veterinário de Úbeda (Jaén), presumível autor de um crime continuado de falsificação de documentos.

A investigação, no âmbito da operação 'Raviches-Orelha Cortada', teve início há um ano, quando o Seprona efetuou duas inspeções a cães nas localidades de Picena e Domingo Pérez, em Granada. Os agentes encontraram 26 cães com a cauda e as orelhas cortadas e nos seus cartões de saúde estava escrito "orelhas e caudas cortadas para funcionalidade sob anestesia".

Estas anotações estavam assinadas e carimbadas por um veterinário de Úbeda, sem qualquer outro documento que especificasse as razões veterinárias para estas intervenções cirúrgicas.

A mesma situação viria a ser também verificada em Sevilha.

As patrulhas Seprona de Granada e Sevilha decidiram então coordenar os seus esforços e inspecionar vários animais na zona. No total, foram inspecionados mais de 2.000 cães e foram descobertos 1.111 cães alegadamente mutilados ilegalmente pelos seus donos.

Como resultado, 58 pessoas foram detidas como alegadas autoras dos crimes contínuos de maus-tratos a animais, documentação falsa e intrusão profissional. Das 58 pessoas investigadas, 15 estavam na província de Granada, 18 em Jaén, 12 em Sevilha, seis em Córdoba, quatro em Almería e três em Málaga.

O veterinário detido, refere o La Vanguardia, deu cobertura legal às mutilações efetuadas pelos proprietários dos animais, anotando nos registos de saúde dos animais "corte de orelhas e cauda para funcionalidade sob anestesia", sem ter visto nenhum dos cães e sem apresentar um relatório que justificasse as mutilações.

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