"As duas partes tem de diminuir as tensões e abster-se de atos que contribuam para o contrário", disse Jens Stoltenberg, depois de um encontro com o Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, em Belgrado.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acrescentou que o destacamento de militares sérvios na fronteira com o Kosovo é um exemplo de ações que acabam por exacerbar as tensões entre as duas nações.
Nos últimos meses, Belgrado tem aumentado a presença na fronteira, apesar das advertências feitas pela comunidade internacional.
As tensões aumentaram drasticamente depois de um ataque de paramilitares sérvios no Kosovo no final de setembro, que resultaram na morte de um polícia kosovar e três dos atacantes.
Um político sérvio na região kosovar do território admitiu orquestrar o ataque, mas continua em liberdade.
Jens Stoltenberg considerou que dialogar sem responsabilizar os atacantes vai deixar as negociações frouxas, por isso, exortou para a ação das autoridades policiais e judiciais para assegurar que estes ataques não motivam outros pela impunidade.
O secretário-geral da Aliança Atlântica advertiu ao diálogo entre os dois países que está a ser mediado pela União Europeia, apelidando-o de ser a "única via para uma paz e estabilidade duradouras", e pediu ao Kosovo para conceder à minoria sérvia no território a autonomia acordada em 2013, que até hoje não foi concedida.
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