Espanha. Em luta há 35 anos por o filho ficar deficiente em amniocentese
Durante a gravidez, a mulher que é médica realizou uma amniocentese e temeu que o cérebro do bebé tivesse sido perfurado.
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Mundo Negligência médica
Uma mulher, de 70 anos, foi esta terça-feira a tribunal em Madrid, Espanha, depois de 35 anos de espera. Lina Álvarez luta há mais de três décadas devido a uma alegada negligência médica de que sofreu quando estava grávida do primeiro filho.
Durante a gravidez, a mulher, que é médica, realizou uma amniocentese, um exame em que se retira líquido amniótico para despiste de algumas doenças, e temeu que o cérebro do bebé tivesse sido perfurado. Segundo o jornal La Voz de Galicia, as suspeitas confirmaram-se quando o bebé nasceu. Exiquio foi diagnosticado com paralisia cerebral.
Lina Álvarez denunciou, há 30 anos, o ginecologista que realizou o procedimento. Depois colocou um processo à clínica onde fez o exame, acusando-a de "ocultar planos de uma ressonância magnética que corroboravam" com a teoria de negligência. Após vários anos, a médica obteve as ressonâncias que comprovavam uma artéria rompida do cérebro do filho.
Exiquio tem agora 34 anos e precisa de cuidados permanentes. A mulher tem mais dois filhos, chegou a ter o salário penhorado e ainda trabalha. "Não quero sair do trabalho sem saber o que vai acontecer no julgamento, porque os meus filhos dependem de mim e o meu trabalho é o ganha-pão da família", disse Lina Álvarez.
A mulher gastou mais de meio milhão de euros em todo o processo e assume que pretende uma indemnização. Depois disso pensará em reformar-se.
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