Exército liberta poeta depois de detido e interrogado na Faixa de Gaza

O exército israelita libertou hoje o poeta palestiniano Mosab Abu Toha, colaborador da revista norte-americana The New Yorker, após ter sido detido e interrogado num posto de controlo quando se dirigia para o sul da Faixa de Gaza com a família.

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© Reuters

Lusa
21/11/2023 20:28 ‧ 21/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram num comunicado que, após terem recebido informações dos serviços secretos sobre possíveis contactos entre civis e "organizações terroristas" em Gaza, efetuaram uma série de detenções na Faixa de Gaza, entre eles o poeta e escritor Mosab Abu Toha.

Abu Toha já venceu o American Book Award pelo seu romance "Things You Can Find Hidden in My Ear: Poems from Gaza" e foi finalista do National Book Critics Circle Award.

A associação mundial de escritores PEN International congratulou-se com a libertação do poeta numa mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter), depois de ter denunciado a sua detenção no dia anterior.

A revista The New Yorker também apelou ao seu regresso a casa "são e salvo".

Segunda-feira, o irmão do poeta palestiniano, Hamza abu Toha, denunciou nas redes sociais que Mosab Abu Toha foi detido num posto de controlo quando retirava a família do norte para o sul, com a intenção de chegar à passagem de Rafah, que liga o Egito a Gaza.

Numa das suas últimas publicações na rede social X, o poeta apelou à cessação das hostilidades.

"Não temos acesso a alimentos nem a água potável. O inverno está a chegar e não temos roupa suficiente. As crianças estão a sofrer. Nós estamos a sofrer. O exército está agora no hospital Al Shifa. Mais morte, mais destruição", afirmou.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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