"Pedi-lhe para retirar as suas tropas de território da Ucrânia para que esta guerra termine por fim", declarou o chefe do Governo alemão durante uma conferência de imprensa em Berlim com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
A participação de Putin neste G20 foi "uma boa ocasião" de dizer claramente como restabelecer a paz na Ucrânia: "Foi a Rússia quem agrediu a Ucrânia, e para restabelecer facilmente a paz, basta que a Rússia retire as suas tropas", disse.
Giorgia Meloni, em Belim para consultas bilaterais, considerou ser "fácil" para Putin participar no G20 porque permaneceu em Moscovo.
A dirigente italiana, que também assistiu ao G20 em linha, manifestou uma posição idêntica à de Scholz: "Insistimos uma vez mais na nossa posição" junto da Rússia e no decurso desta cimeira virtual do G20. "O mais simples seria uma retirada das tropas [russas]", disse.
O Presidente russo escusou-se a participar no encontro de dirigentes do G20 nem setembro na Índia e no da Indonésia, que decorreu em 2022, sendo representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
O G20 integra as 19 maiores economias do mundo, e ainda a União Europeia (UE) e a União Africana (UA).
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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