EUA. Metade da população acha que país gasta demais com guerra na Ucrânia

Num momento em que os congressistas ponderam aplicar mais milhares de milhões de dólares no apoio a Kyiv, quase metade da opinião pública dos EUA considera que o país está a gastar demasiado, de acordo com uma sondagem.

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Lusa
23/11/2023 00:47 ‧ 23/11/2023 por Lusa

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Este sentimento, impulsionado principalmente pelos republicanos, ajuda a explicar a oposição cada vez maior entre os congressistas conservadores do Partido Republicano no Capitólio, que estão a rejeitar os esforços do Presidente Joe Biden para aprovar uma nova parcela da ajuda à Ucrânia, argumentando que o dinheiro seria mais bem gasto nas prioridades internas.

No entanto, a oposição à ajuda caiu ligeiramente em relação ao nível registado há um mês numa outra sondagem da Associated Press (AP)-NORC Center for Public Affairs Research. Agora, 45% dizem que o governo dos EUA está a gastar demasiado em ajuda à Ucrânia na guerra contra a Rússia, em comparação com 52% em outubro.

Esta alteração parece surgir principalmente por parte dos republicanos: 59% dizem agora que se gasta demasiado na ajuda à Ucrânia, mas esse número é inferior aos 69% de outubro.

Mais de um terço (38%) dos adultos norte-americanos afirmam que os gastos atuais são "quase a quantia certa", o que representa um ligeiro aumento em relação ao mês passado (31%). Entre os republicanos, quase 3 em cada 10 (29%) dizem que os gastos atuais estão corretos, acima dos 20% do mês passado.

A Casa Branca tem pressionado repetidamente os congressistas para que aprovem o pacote de gastos de emergência de quase 106 mil milhões de dólares que Biden propôs em outubro, que inclui mais de 61 mil milhões de dólares especificamente para a guerra na Ucrânia.

O resto do pedido de Biden inclui ajuda a Israel enquanto este país combate o movimento islamita Hamas, dinheiro para várias prioridades na região Indo-Pacífico e recursos adicionais para ajudar a gerir a migração na fronteira sul.

Mas o Congresso rejeitou os esforços da Casa Branca para reforçar o apoio à Ucrânia pelo menos duas vezes nos últimos meses. Primeiro, ignorou um pedido suplementar de cerca de 40 mil milhões de dólares antes do prazo final de financiamento de 30 de setembro. Depois, na semana passada, aprovou uma medida provisória de financiamento que mantém o governo a funcionar até ao início do próximo ano, mas sem ajuda adicional à Ucrânia.

Metade dos adultos norte-americanos está extremamente ou muito preocupado com o facto de a influência da Rússia representar uma ameaça direta aos Estados Unidos. Os democratas (53%) e os republicanos (51%) estão igualmente preocupados com o poder russo -- mas os democratas são mais propensos do que os republicanos a ver a Ucrânia como uma nação de valores partilhados pelos EUA e a apoiar mais ajuda à Ucrânia.

Cerca de metade da população (48%) apoia o fornecimento de armas à Ucrânia (57% entre os democratas, 42% entre os republicanos).

Cerca de 4 em cada 10 são a favor do envio de fundos governamentais diretamente para a Ucrânia (54% para os democratas, 24% para os republicanos).

Os norte-americanos tornaram-se ligeiramente mais propensos a dizer que os EUA deveriam assumir "um papel menos ativo" na resolução dos problemas mundiais, em comparação com uma sondagem de setembro da AP-NORC e da Pearson.

A sondagem com 1.239 adultos foi realizada de 02 a 06 de novembro de 2023, com uma margem de erro de mais ou menos 3,9 pontos percentuais.

Leia Também: Líderes da Europa central relativizam divergências face ao apoio a Kiev

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