Tzachi Hanegbi não deu nenhuma explicação para o atraso na troca de reféns por prisioneiros palestinianos cuja lista foi hoje divulgada oficialmente pelas autoridades israelitas.
Israel e Hamas anunciaram ter chegado a um acordo que, além de prever a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza em troca de prisioneiros palestinianos, determina uma trégua de quatro dias nos combates.
No entanto, apesar do cessar-fogo temporário ter sido confirmado pelas partes em conflito e pelos Estados mediadores -- os Estados Unidos e o Qatar -, Tzachi Hanegbi não adiantou quando pode ter início a trégua.
O acordo com o Hamas implica, segundo o Governo israelita, a libertação no prazo de quatro dias de pelo menos 50 dos cerca de 240 reféns feitos pelo grupo islamita no dia em que atacou Israel, em 07 de outubro.
Por seu lado, Israel libertará alguns prisioneiros palestinianos, maioritariamente adolescentes.
A imprensa estatal do Egito, país que ajudou a mediar o acordo, afirma que a trégua começa na manhã de quinta-feira.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiantou hoje ter avisado o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que prosseguirá com a guerra depois de o período de "trégua humanitária" expirar.
Um ataque de surpresa e de grande dimensão foi lançado, em 07 de outubro, pelo Hamas contra Israel, provocando, de acordo com as autoridades israelitas, mais de 1.200 mortos e 240 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A retaliação israelita já matou, segundo o Hamas, mais de 14 mil mortos.
A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.
Leia Também: Israel diz ter encontrado esconderijo do Hamas sob hospital de Gaza