"Estas pessoas afirmam que estão a defender os cidadãos irlandeses", mas "estão a colocar em perigo" os "mais inocentes e vulneráveis", afirmou Varadkar -- que é filho de pai indiano e mãe irlandesa - aos jornalistas.
"Eles são uma vergonha para Dublin, uma vergonha para a Irlanda, uma vergonha para as suas famílias e para eles próprios", acrescentou o primeiro-ministro.
Acusou os desordeiros de estarem "cheios de ódio" e de gostarem de violência, "do caos e de causar sofrimento aos outros".
"Devemos recuperar a Irlanda daqueles que exploram sem escrúpulos os medos daqueles que são facilmente arrastados para a escuridão", continuou.
O chefe do governo centrista prometeu usar "todos os recursos da lei, toda a máquina do Estado para punir os envolvidos".
Varadkar anunciou uma próxima modernização das leis sobre a exploração de imagens de videovigilância e a luta contra o "ódio".
"O Governo protegerá incansavelmente os nossos cidadãos", insistiu o primeiro-ministro irlandês.
O vice-primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, disse anteriormente que os acontecimentos de quinta-feira não refletem de forma alguma os valores da "grande maioria" do povo irlandês.
Um total de 34 pessoas foram detidas nos tumultos ocorridos na noite de quinta-feira em Dublin, após quatro pessoas, três destas crianças, terem sido esfaqueadas por um homem, disse hoje a polícia irlandesa.
"O que vimos ontem [quinta-feira] à noite foi uma extraordinária explosão de violência (...), com cenas que não víamos há décadas", referiu hoje o comissário da polícia, Drew Harris, numa conferência de imprensa.
Harris declarou ainda que um polícia ficou gravemente ferido e "muitos outros agentes" acabaram por sofrer ferimentos durante os tumultos.
Depois do esfaqueamento, que deixou uma criança de cinco anos em estado grave, grupos anti-imigração concentraram-se a norte da capital e entraram em confronto com a polícia, após o que os distúrbios se estenderam a outras zonas da cidade.
Em resultado dos confrontos, várias ruas foram encerradas e os transportes públicos foram suspensos.
A polícia informou que o ataque com arma branca, ocorrido no centro de Dublin, "não está relacionado com terrorismo".
O alegado agressor, cuja identidade não foi divulgada, também está hospitalizado com feridas de arma branca e a ser interrogado para esclarecer os motivos do ataque. A polícia apelou à manutenção da tranquilidade pública.
Alguns meios de comunicação indicaram que o suspeito, com cerca de 50 anos e que não nasceu na Irlanda, vive no país há mais de 20 anos e que tem passaporte irlandês.
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