"Hoje damos graças a Deus porque finalmente há tréguas entre Israel e a Palestina e alguns reféns foram libertados", disse o Papa no final da oração do Angelus, com um clérigo a ler o texto na vez de Francisco, que se encontra engripado.
Francisco apelou para que os reféns sejam libertados o mais rapidamente possível, que chegue mais ajuda humanitária a Gaza e que se insista no diálogo.
"Pensemos nas suas famílias. Este é o único caminho, o único caminho para a paz. Aqueles que não querem o diálogo não querem a paz", concluiu.
Na sexta-feira e no sábado, o Hamas entregou 41 reféns israelitas e estrangeiros detidos em Gaza ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), enquanto Israel libertou 78 prisioneiros palestinianos.
O acordo prevê a troca de 50 reféns do Hamas por 150 prisioneiros palestinianos durante os quatro dias da trégua, que pode ser prolongada e oferece um primeiro alívio à população de Gaza.
O exército israelita calcula que o Hamas tenha feito 240 reféns em 07 de outubro. Segundo as autoridades israelitas, 1.200 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas durante o ataque.
Como represália, Israel prometeu "eliminar" o Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), bombardeando incessantemente o território palestiniano e lançando uma ofensiva terrestre em 27 de outubro, até à obtenção de uma trégua.
Na Faixa de Gaza, segundo as autoridades lideradas pelo Hamas, 14.854 pessoas, das quais 6.150 com menos de 18 anos, foram mortas nos ataques israelitas.
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