Três jovens palestinianos foram baleados em Burlington, Vermont, na noite de sábado, quando se dirigiam para um jantar de família, onde iam comemorar o Dia de Ação de Graças, feriado norte-americano celebrado no passado dia 23 de novembro.
Segundo a imprensa internacional, o incidente ocorreu perto do campus da Universidade de Vermont. As vítimas foram identificadas como Hisham Awartani, Kinnan Abdel Hamid e Tahseen Ahmed, jovens que estudam em três universidades diferentes nos Estados Unidos, segundo a Al Jazeera.
Entretanto, a Ramallah Friends School, na Cisjordânia, identificou as vítimas do tiroteio como estudantes formados naquela escola. "O conselho, a administração, os funcionários e a comunidade da Ramallah Friends School estão profundamente angustiados com o recente incidente envolvendo três dos nossos alunos", escreveu a escola no Facebook.
Já o Comité Árabe-Americano Antidiscriminação disse que as vítimas, todas na casa dos 20 anos, usavam 'keffiyeh's e falavam árabe quando um homem disparou. Segundo o Comité, dois dos jovens estão internados nos cuidados intensivos.
"Depois de analisar as informações iniciais fornecidas, temos razões para acreditar que este tiroteio ocorreu porque as vítimas são árabes", indica, num comunicado citado pela imprensa norte-americano, apelando para que este ataque seja investigado com um crime de ódio.
Este domingo, num comunicado de imprensa, o chefe de polícia de Burlington, Jon Murad, revelou que as três vítimas "foram confrontadas por um homem branco armado", que disparou pelo menos quatro tiros "sem falar".
"A investigação preliminar determinou que os três estavam a visitar casa dos parentes de uma vítima em Burlington para o feriado de Ação de Graças. Os três estavam a caminhar na Prospect Street quando foram confrontados por um homem branco armado", disse Murad. "O suspeito estava a pé na área. Sem falar, disparou pelo menos quatro tiros e acredita-se que tenha fugido a pé", acrescentou, confirmado que os três jovens foram atingidos.
Segundo a polícia, os três jovens são palestinianos e dois deles têm nacionalidade norte-americana.
"Dois usavam keffiyehs no momento do ataque. Neste momento, não há informações adicionais que sugiram o motivo do suspeito, como declarações ou comentários do suspeito", disse a polícia.
"Neste momento tenso, ninguém pode olhar para este incidente e não suspeitar que pode ter sido um crime motivado pelo ódio", admitiu.
As autoridades trabalham agora para encontrar o suspeito.
Leia Também: AO MINUTO: Nova troca concluída; Libertados 17 reféns e 39 prisioneiros
