Esta análise faz parte do Relatório de Esforço Ambiental das Grandes Empresas Espanholas, que examinou as emissões geradas e o afastamento em relação à adaptação e mitigação das alterações climáticas por parte das 50 maiores empresas de Espanha.
O documento sinalizou que a este ritmo as empresas analisadas conseguirão a descarbonização total em 2090.
Na luta contra as alterações climáticas, apenas 12% destas empresas têm um impacto substancial na mitigação, enquanto 53% não fizeram mudanças significativas nos seus modelos de negócio.
Neste sentido, o relatório destacou que as 50 empresas apenas reduziram em quatro por conto as emissões totais no último ano, com disparidades relevantes.
As empresas petrolíferas diminuíram em 15% as emissões diretas e lideram este aspeto, ao passo que as de eletricidade e gás as aumentaram 8,7%.
Em 2022, as emissões diretas de CO2 representaram 40% do total de emissões em Espanha.
O responsável pela área da desigualdade e setor privado da organização não governamental, Miguel Alba, alertou que há "uma crise climática inédita e que os esforços das empresas espanholas para 'descarbonizar' são insuficientes".
Alba também disse que a crise climática "tem efeitos mais devastadores sobre os países mais pobres".
A Oxfam Intermón destacou ainda "a necessidade urgente" de uma ação mais ambiciosa e coordenada por parte das empresas e dos governos para abordar a emergência climática "com responsabilidade transparência".
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