Boris Johnson considerou "assalto" a fábrica de vacinas na UE na pandemia
Johnson pediu a vários serviços de segurança britânicos que elaborassem "opções militares" para obter doses "apreendidas" da vacina AstraZeneca.
© Les Kasyanov/Global Images Ukraine via Getty Images
Mundo Covid-19
O ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, terá considerado a possibilidade de um "assalto" a uma fábrica nos Países Baixos, devido a uma disputa de vacinas contra a Covid-19 com a União Europeia (UE), em março de 2021.
Johnson pediu a vários serviços de segurança britânicos que elaborassem "opções militares" para obter doses "apreendidas" da vacina AstraZeneca de uma fábrica em Leiden. Segundo o The Guardian, as doses do medicamento seriam entregues à UE, restringindo assim as exportações para o Reino Unido.
O Ministério das Relações Exteriores holandês confirmou que estava "ciente" da situação, mas recusou comentar o caso.
Boris Johnson vai ser interrogado, na quarta-feira, no âmbito de um inquérito sobre a Covid-19. Várias fontes próximas do ex-primeiro-ministro têm referido que ele vai rejeitar a ideia de que não se concentrou no perigo iminente da pandemia durante uma pausa no seu mandato, em fevereiro de 2020, quando escreveu uma biografia sobre William Shakespeare.
Espera-se que Johnson admita alguma falha durante o interrogatório, mas que saliente todas as decisões que pensa ter tomado bem durante o combate à Covid-19, nomeadamente o equilíbrio entre a ciência, economia e saúde pública em geral.
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