O porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, disse em conferência de imprensa que Xi nomeou Wu Weihua, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, o mais alto órgão legislativo da China, como o seu enviado especial para o evento.
A tomada de posse, à qual os representantes chineses assistirão a convite do novo governo argentino, vai ter lugar a 10 de dezembro, em Buenos Aires.
Após a vitória do candidato libertário nas eleições, Xi enviou uma mensagem de felicitações a Milei pela sua eleição como Presidente da Argentina e manifestou a sua vontade de trabalhar com ele para "promover a amizade e a cooperação entre os dois países".
Há dois anos, Milei garantiu que "não faria negócios com a China" e afirmou que o corte de relações com o país asiático "não seria uma tragédia macroeconómica".
O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês disse no mês passado que seria um "grande erro" para a Argentina cortar relações com "países tão grandes como o Brasil e a China", uma possibilidade sugerida nos últimos meses por Milei e alguns de seus colaboradores.
Pequim e Buenos Aires mantiveram boas relações nos últimos anos: a Argentina aderiu no ano passado à Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco projeto de infraestruturas que se tornou parte central da política externa chinesa.
A China tem também investimentos na Argentina em áreas estratégicas como infraestruturas e exploração mineira e mantém um acordo que permite pagar à Argentina as suas exportações em yuan e não em dólares norte-americanos.
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