PE insiste em início de adesão da Ucrânia, Moldova e Bósnia à UE
O Parlamento Europeu (PE) insistiu hoje que é necessário começar negociações oficiais com a Ucrânia, Moldova e Bósnia-Herzegovina rumo à adesão bloco comunitário, para que o calendário de alargamento seja concluído até ao final da década.
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De acordo com um resolução aprovada hoje em plenário, que esta semana se realiza em Estrasburgo (França), com 468 votos favoráveis, 99 contra e 58 abstenções, os eurodeputados insistiram na necessidade de abrir as negociações com estes três países e agendá-las.
O apelo surge a um dia do último Conselho Europeu do ano, com a participação do primeiro-ministro português, António Costa, e dos restantes chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), em Bruxelas.
Em simultâneo, o PE quer que seja atribuído à Geórgia o estatuto de país candidato à adesão.
Reconhecendo que também são precisas reformas por parte dos três países candidatos, os eurodeputados querem que a adoção "sem demoras" de um calendário para que os três países tenham uma ideia clara de quando podem concretizar a adesão e o bloco político-económico perceba quando vai começar e ser concluída esta fase do alargamento.
Este calendário tem de estar concluído "até ao final desta década", reforçou o PE.
"À luz da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, o alargamento tornou-se ainda mais importante estrategicamente, e é uma das ferramentas geoestratégicas mais importantes que a UE tem à sua disposição [...], um investimento na paz e segurança, assim como um impulso para a democracia e os valores europeus no continente", acrescentaram.
A abertura das negociações com a Ucrânia pode estar em risco.
Nas últimas semanas, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou que a estratégia da UE para a Ucrânia falhou, que a adesão do país ao bloco político-económico é contrária aos interesses nacionais da Hungria e que não agoira nada de bom para os 27.
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