EUA acusam Putin de manter planos de "conquistar e subjugar" Kyiv

Os Estados Unidos criticaram hoje o Presidente russo, que reiterou os objetivos iniciais da ofensiva na Ucrânia, considerando que Vladimir Putin deixou claro que os seus planos de "conquistar e subjugar" aquele país permanecem intactos.

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Lusa
14/12/2023 20:33 ‧ 14/12/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"O que Putin confirmou é que os seus planos de guerra não mudaram, apesar de o seu exército ter sofrido milhares de baixas, a economia russa estar paralisada, a Rússia ter sido isolada internacionalmente e ter-se tornado um pária", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos jornalistas.

O Presidente russo "ainda quer conquistar a Ucrânia e subjugar a Ucrânia", acrescentou.

O porta-voz da diplomacia norte-americana afirmou ainda que Putin reconheceu, "pela primeira vez" desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, que o Ocidente não se vai render e que permanecerá unido na ajuda à Ucrânia.

Miller voltou a exortar os Republicanos no Congresso a desbloquearem o pacote de ajuda militar à Ucrânia e a Israel que estão a travar, com o objetivo de pressionar a administração de Joe Biden a adotar uma política de imigração mais dura.

Putin condicionou hoje o fim da guerra contra a Ucrânia a Moscovo atingir os objetivos iniciais da ofensiva lançada há quase dois anos, incluindo a desmilitarização, "desnazificação" e neutralidade do país vizinho.

"Lembro-vos do que temos vindo a falar: a desnazificação e a desmilitarização da Ucrânia, o seu estatuto de neutralidade", declarou Putin na sua conferência de imprensa anual em Moscovo, citado pela agência francesa AFP.

A solução "será negociada ou alcançada pela força", afirmou, assegurando que objetivos iniciais da ofensiva lançada em 24 de fevereiro de 2022 não se alteraram.

"Haverá paz quando tivermos atingido os nossos objetivos", insistiu Putin, que anunciou recentemente a intenção de se candidatar a um novo mandato em março de 2024.

Putin afirmou que a Rússia está suficientemente confiante para "seguir em frente" apesar das sanções económicas, da guerra contra a Ucrânia e do confronto com o Ocidente.

Questionado sobre a resistência da economia às sanções, disse que a Rússia tem "margem de segurança suficiente" devido à consolidação da sociedade russa, à estabilidade do sistema financeiro e económico e "às crescentes capacidades militares" do país.

Leia Também: Scholz aponta que decisão da UE é "sinal forte de apoio" à Ucrânia

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