Adesão à UE? "Oportunidade para transformar sistema de saúde" da Ucrânia

A entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) beneficiaria o sistema de saúde do país, que foi gravemente danificado após 22 meses de invasão russa, disse hoje o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) no território ucraniano.

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© Anatolii Siryk/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

Lusa
19/12/2023 13:33 ‧ 19/12/2023 por Lusa

Mundo

OMS

"Seria uma oportunidade para transformar o sistema de saúde e prestar melhores cuidados aos ucranianos", afirmou Jarno Habicht, numa conferência de imprensa à distância, realizada a partir de Odessa (no sul da Ucrânia) para jornalistas acreditados junto da ONU em Genebra, Suíça.

"A Ucrânia vai ter uma grande oportunidade", insistiu o representante, poucos dias depois da UE ter confirmado o início das negociações formais de adesão do país (juntamente com a Moldova) ao bloco europeu.

Habicht indicou que as necessidades de saúde no país, onde uma em cada cinco pessoas adia as visitas ao médico por não ter dinheiro para as pagar, estão a aumentar com a chegada de mais um longo inverno com temperaturas muito baixas, normalmente registadas naquela zona da Europa.

"Mesmo que a guerra terminasse hoje, as necessidades de saúde de milhões de ucranianos continuariam a ser enormes e a aumentar", afirmou o responsável da OMS, que visitou recentemente várias zonas do país e se reuniu com representantes do Ministério da Saúde ucraniano.

De acordo com Habicht, cerca de 7,8 milhões de ucranianos necessitarão de cuidados de saúde em 2024, e a OMS está a tentar apoiar pelo menos 3,8 milhões.

O representante da OMS recordou que, desde o início da guerra em fevereiro de 2022, registaram-se cerca de 1.400 ataques a instalações de saúde na Ucrânia e que aproximadamente uma em cada cinco não está a funcionar em pleno devido aos ataques conduzidos contra infraestruturas civis.

Jarno Habicht relatou ainda a situação verificada no país ao nível dos problemas de saúde mental associados ao conflito de longa duração, com cerca de 10 milhões de pessoas afetadas, incluindo pacientes que sofrem de stress ou ansiedade.

"Os cuidados de saúde mental serão uma necessidade a longo prazo na Ucrânia, que se prolongará por várias gerações", alertou o representante da OMS na conferência de imprensa.

Habicht destacou alguns aspetos positivos da situação da saúde na Ucrânia nos últimos meses, como a restauração progressiva do sistema farmacêutico ou o facto de o país ter conseguido controlar os surtos de poliomielite que se registaram nos últimos anos.

Leia Também: Exército ucraniano "está a sofrer perdas pesadas e esgotou reservas"

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