A mãe do adolescente britânico Alex Batty, encontrado na semana passada em França - depois de seis anos desaparecido -, passou o verão a viver numa caravana no sudoeste do país sob uma identidade falsa.
Esta mulher, bem como o avô do menino, serão os responsáveis pelo seu desaparecimento.
Segundo avança a Sky News, Melanie Batty, de 43 anos, mudou-se para um acampamento na primavera deste ano. Apresentou-se aos moradores locais e a outros turistas como Rose.
Depois de passar o verão numa caravana, perto da cidade de Chalabre, deixou o acampamento em setembro após ser informada de que o abastecimento de água quente e aquecimento terminaria antes da chegada do inverno.
A mulher terá entrado em contacto com o acampamento há cerca de três semanas a informar que alguém recolheria a caravana em breve, o que não aconteceu.
A polícia nacional francesa já terá interrogado aqueles que trabalhavam no parque para obter informações sobre o paradeiro da mulher e o caso prossegue sob investigação.
Alex fugiu quando soube que iriam mudar de país
O jovem Alex voltou a Manchester no sábado à noite depois de ter sido encontrado a caminhar na beira de estrada por um motorista francês que o levou às autoridades. Terá sido sequestrado pela sua mãe e avô e levou uma vida itinerante entre Espanha, Marrocos e França, em grupos que formavam uma comunidade espiritual.
Chegou a este último país no outono de 2021, onde viveu numa quinta gerida por um casal, que acolheu a criança sob a sua proteção enquanto a mãe vivia na comunidade, noticia o 20 minutos.
Este casal, Frederic Hambye e Ingrid Beauve, partilhou pormenores da vida do menino que, garantem, pensavam que se chamava Zack, até quinta-feira. Numa carta enviada ao Daily Mail, recordam que o rapaz chegou à sua propriedade em Camps-sur-l'Agly, acompanhado da mãe e do avô.
Ao perceberem que a família procurava um lugar para se alojarem, o casal ofereceu-lhes um teto e trabalho. O avô ficou responsável por realizar trabalhos de manutenção em troca de comida e alojamento para o neto.
"O Zach/Alex tinha livre acesso ao frigorífico e à nossa comida e adorava cozinhar", afirmam. No entanto, a mãe do jovem, Melanie Batty, não ficou na quinta, mas partiu em busca de uma comunidade espiritual para viver. Contudo, mantinha contacto com o filho.
O rapaz decidiu fugir no passado domingo depois de, alegadamente, a mãe ter referido que se iriam mudar para a Finlândia. No domingo, saiu de casa e andou durante quatro dias, antes de ser encontrado por um condutor preocupado que o avistou numa estrada no sopé dos Pirenéus, na manhã de quarta-feira. Foi a partir do telemóvel deste homem, Fabien Accidini, que tentou contactar a avó, no Reino Unido.
O jovem regressou a casa, em Manchester, no sábado.
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