O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, já chegou ao Cairo, onde vai manter conversações com as autoridades egípcias sobre os últimos desenvolvimentos do conflito na Faixa de Gaza, estando em cima da mesa a possibilidade de um acordo com Israel para um cessar-fogo.
A informação de que Haniyeh, que vive no Qatar, já se encontrava no Egito, foi confirmada pelo Hamas através da rede social Telegram.
Na terça-feira, uma fonte do grupo palestiniano disse à agência de notícias AFP que Haniya se deveria encontrar com o responsável dos serviços de informação egípcios, Abbas Kamel, com o objetivo de discutir "o fim da agressão e da guerra, a preparação de um acordo de libertação de prisioneiros e o fim do cerco imposto à Faixa de Gaza".
Uma fonte do grupo islamita Jihad Islâmica palestiniana disse hoje à AFP que o líder deste movimento armado, o segundo maior na Faixa de Gaza, Ziyad al-Nakhala, também viajaria para o Cairo no início da próxima semana.
Antes de chegar ao Cairo, Ismail Haniya encontrou-se em Doha, capital do Qatar, com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, segundo imagens divulgadas por Teerão.
Sabe-se que Israel propôs ao Hamas uma semana de tréguas, em troca da libertação de cerca de 40 reféns. A informação foi avançada pela CNN, que cita responsáveis israelitas e uma fonte familiarizada com o assunto.
Já outra fonte disse à Reuters que as discussões em curso, consideradas "intensivas", concentram-se em decidir quais os reféns e prisioneiros que serão libertados, caso se chegue a um acordo de cessar-fogo. Contudo, nota a mesma fonte, o número de pessoas que serão libertadas ainda não foi decidido.
O acordo anterior contemplava a troca de mais de 100 reféns detidos pelo Hamas por cerca de 240 palestinianos de prisões israelitas.
A trégua de 24 de novembro, mediada por países como Qatar, Egito e Estados Unidos, permitiu durante uma semana a libertação de 105 reféns, 24 destes estrangeiros, em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinianos.
O gabinete do primeiro-ministro israelita acredita que 129 reféns da incursão do Hamas em Israel, em 7 de Outubro, estão detidos em Gaza, dos quais 108 estão vivos e 21 estão mortos.
[Notícia atualizada às 10h38]
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