"Vai permitir algo muito importante, melhorar a gestão das nossas fronteiras e conduzir de forma mais humana e coordenada os fluxos migratórios", disse Pedro Sánchez, numa intervenção no plenário do parlamento espanhol, em Madrid.
Sánchez realçou que o acordo entre a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu é "um acordo fundamental" para Espanha, atendendo à "situação geográfica" do país, cujas costas no Mediterrâneo e no Atlântico (neste caso, nas ilhas Canárias), são pontos de chegada de dezenas de milhar de migrantes anualmente, a bordo de embarcações precárias oriundas do continente africano.
o líder do Governo espanhol reconheceu que o acordo não é aquele que Espanha gostaria, mas sublinhou que é um acordo e considerou que envia uma mensagem de unidade da UE num tema é um desafio europeu comum", mas que divide muitos países da União e tem alimentado discursos xenófobos e extremistas.
Sánchez destacou que, mesmo não sendo totalmente o acordo que Espanha defendia, introduz pela primeira vez "formas de solidariedade obrigatória" com os países que são primeira entrada de migrantes, assim como mecanismos de proteção de mulheres, menores e famílias e de cumprimento dos direitos fundamentais.
O líder do Governo de Espanha fez hoje no parlamento um balanço da presidência espanhola do Conselho da União Europeia, que termina no final deste ano, e considerou que este acordo sobre as migrações e asilo foi um dos avanços conseguidos no seio do bloco europeu nos últimos seis meses, apesar de por vezes ser complicado pôr de acordo os 27 países membros.
Sánchez disse que o acordo é muito importante tanto para Espanha como para o conjunto da União europeia.
O Parlamento Europeu e os Estados-membros chegaram hoje a um acordo político sobre a reforma da política de asilo e migração da UE, após uma última noite de negociações, anunciou o Conselho Europeu, onde têm assento os líderes dos Estados-membros.
Esta reforma, que inclui uma série de textos, prevê, em particular, um controlo reforçado das chegadas de migrantes à União Europeia, centros fechados perto das fronteiras para devolver mais rapidamente aqueles que não têm direito a asilo e um mecanismo de solidariedade obrigatório em benefício dos estados sob pressão migratória.
[Notícia atualizada às 13h38]
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