Ucrânia. Homens que vivem fora 'convidados' a alistarem-se no exército

O ministro da Defesa, Rustem Umerov, descreveu a ação de recrutamento como "uma honra" para os possíveis militares.

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Notícias ao Minuto
21/12/2023 15:11 ‧ 21/12/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Os homens ucranianos com idades compreendidas entre os 25 e os 60 anos, que vivem no estrangeiro, vão ser convidados a apresentarem-se ao serviço militar.

O ministro da Defesa, Rustem Umerov, descreveu o pedido como um "convite", mas deixou no ar que poderiam ser aplicados castigos a quem não o faça, reporta a BBC.

Umerov descreveu a ação de recrutamento como "uma honra", numa entrevista aos meios de comunicação social Die Welt, Bild e Politico.

"Ainda estamos a discutir o que deve acontecer se eles não vierem voluntariamente", afirmou ainda.

Por outro lado, um porta-voz do ministério terá negado qualquer tipo de coação, salientando que "não está em discussão a convocação de estrangeiros".

O presidente do país, Volodymyr Zelensky, afirmou na terça-feira que eram necessários entre 450.000 e 500 mil novos soldados, numa altura em que a contraofensiva ucraniana parece ter estagnado. No entanto, considerou que esta era uma "questão sensível".

De acordo com os dados da Eurostat, analisados pela BBC, cerca de 768 mil homens ucranianos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos deixaram o país desde o início da invasão russa. Estes números não incluem cidadãos que vivem fora da União Europeia desde antes de fevereiro de 2022.

Umerov declarou que os homens que forem mobilizados serão treinados, vão receber equipamento e serão informados quando vão para o campo de batalha, onde iriam servir e quando seriam dispensados, reporta ainda a BBC.

Atualmente há 500.000 tropas ucranianas na frente de batalha. Os recrutas e os voluntários são obrigados a servir até ao fim da guerra e só têm direito a 10 dias de férias por ano, revelou Zelensky numa conferência de imprensa.

De recordar que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Rússia coage civis e zonas ocupadas a combaterem no seu Exército

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