Presente hoje a um tribunal da capital irlandesa, o suspeito, Riad Bouchaker, de 50 anos, apresentou-se como "alguém doente".
Os meios de comunicação locais informaram tratar-se de um homem de nacionalidade irlandesa e de origem argelina, indicando ainda que o acusado irá permanecer detido até à próxima audiência judicial, prevista para 28 de dezembro.
Após o ataque registaram-se violentos incidentes imputados a elementos associados à extrema-direita, num contexto relacionado com a origem do suspeito, tendo viaturas, incluindo da polícia, sido incendiadas e lojas pilhadas.
A polícia destacou que há várias décadas não se registavam ações desta natureza no país, enquanto o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, censurou os autores dos atos que "envergonharam a Irlanda" e sublinhou as "dezenas de milhões de euros" em prejuízos.
Nos últimos anos, a Irlanda tem testemunhado uma hostilidade crescente para com os imigrantes e uma atividade renovada da extrema-direita na Internet, que foi intensificada após a condenação, em novembro, de um cidadão eslovaco pelo assassinato de um jovem professor.
No passado fim de semana, um hotel que deveria acolher 70 requerentes de asilo foi destruído por um incêndio, incidente igualmente condenado pelo primeiro-ministro.
"Não há justificação para a violência, incêndio ou vandalismo na nossa República. Nunca", sublinhou Leo Varadkar.
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