"Inaceitável". Moscovo alerta EUA e Europa sobre ativos confiscados
A utilização de ativos russos congelados na reconstrução da Ucrânia é "inaceitável" para a Rússia, defendeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou, esta sexta-feira, os Estados Unidos e a Europa sobre a possibilidade de os ativos russos congelados serem utilizados na Ucrânia, considerando que tal seria "inaceitável” e teria "consequências graves”.
"A apreensão ilegítima dos nossos bens continua invariavelmente na ordem do dia, tanto na Europa como na América", referiu o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.
"Esta questão é inaceitável para nós. Potencialmente, é extremamente perigoso para o sistema financeiro global", acrescentou, citado pelo The Guardian.
Sublinhe-se que a União Europeia (UE) anunciou, na segunda-feira, o 12.º pacote de sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia, adiantando estar a avaliar a possibilidade de utilizar o rendimento dos ativos russos congelados na reconstrução da Ucrânia.
A UE congelou cerca de 19 mil milhões de euros dos oligarcas russos nos primeiros meses da campanha militar que a Rússia iniciou na Ucrânia em fevereiro de 2022. Além disso, o Ocidente bloqueou um total de 300 mil milhões de dólares (cerca de 275 mil milhões de euros) em ouro e reservas cambiais do Banco Central da Rússia.
Em consequência ao anúncio da UE, o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, garantiu que Moscovo dará uma resposta "absolutamente simétrica".
"Se essa decisão for adotada haverá uma resposta absolutamente simétrica da Federação Russa", afirmou o responsável, em declarações ao canal de televisão estatal Rossía-24.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo desde então a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
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