Exército bombardeia posições do Hezbollah após novos ataques

As Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram hoje "infraestruturas terroristas" da milícia xiita Hezbollah no sul do Líbano, após "uma série de disparos" contra o norte do país, sem que tenham sido registadas vítimas até ao momento.

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© Ramiz Dallah/Getty Images

Lusa
26/12/2023 12:56 ‧ 26/12/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Os ataques israelitas a "posições da organização terrorista Hezbollah" surgem no contexto dos combates que se seguiram aos atentados de 07 de outubro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a Israel.

"Além disso, um tanque disparou contra um alvo para eliminar uma ameaça vinda do Líbano", disse a mesma fonte, antes de referir que tinham sido detetados anteriormente "lançamentos" em direção ao Monte Dov e Shumara e o disparo de um míssil terra-ar contra um avião "a operar na zona".

O Hezbollah, por seu lado, sublinhou em comunicado que "continua a atacar as posições do inimigo israelita", no que qualificou de "apoio ao povo e à resistência de Gaza, submetidos à brutal agressão sionista com a 'luz verde' dos Estados Unidos e a cumplicidade e o silêncio do Ocidente e de muitos regimes árabes".

"Neste contexto, os 'mujahedin' da Resistência Islâmica atacaram Zabdin com as armas apropriadas", afirmou o movimento xiita e pró-iraniano, citado pela estação de televisão libanesa Al Manar, ligada ao Hezbollah.

O exército israelita confirmou hoje entretanto a morte de um soldado que ficou gravemente ferido num ataque com foguetes perpetrado sexta-feira pelo Hezbollah contra um posto militar perto de Shtula.

Numa breve declaração publicada no portal do movimento na Internet, o Hezbollah declarou que o soldado israelita morto era Daniel Nachmani, de 21 anos, membro do 71.º Batalhão da 188.ª Brigada Blindada, e que "morreu devido a ferimentos sofridos durante uma atividade operacional no dia 22 de dezembro no norte do país".

O Hezbollah, grupo apoiado pelas autoridades iranianas, está envolvido em combates com o exército israelita, na sequência do ataque sem precedentes conduzido pelo grupo islamita palestiniano Hamas em território israelita em 07 de outubro, naquilo que descreve como operações de apoio a grupos armados palestinianos.

A situação suscita o receio de que o conflito se alastre ao vizinho Líbano e mesmo a toda a região.

Na semana passada, o primeiro-ministro interino do Líbano, Nayib Mikati, sublinhou a importância de "aplicar" as resoluções internacionais sobre a fronteira com Israel e apelou à "retirada" das forças israelitas dos "territórios ocupados" no contexto dos combates.

"Há uma solução e essa solução é aplicar as resoluções internacionais", afirmou.

Desde o início das hostilidades na região, mais de 168 pessoas foram mortas: 12 em Israel - oito soldados e quatro civis - e pelo menos 156 no Líbano, incluindo 121 membros do Hezbollah, 16 membros das milícias palestinianas, um soldado e 18 civis, incluindo três jornalistas e três crianças.

Israel enviou mais de 200.000 soldados para a sua fronteira norte, onde a violência também deslocou milhares de pessoas: cerca de 80 mil pessoas foram retiradas de comunidades no norte do país e mais de 70 mil fugiram do sul do Líbano.

Leia Também: Israel: Líbano pronto para retirar Hezbollah da fronteira, mas sob condições

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