"Embora tenha havido vários incidentes perto da fronteira, até agora, durante a guerra, não houve um único ataque a partir de túneis para o território israelita", disse o exército em comunicado.
Israel acusa repetidamente o grupo islamita palestiniano Hamas de utilizar uma extensa rede de túneis para se esconder, armazenar armas e atacar as forças israelitas.
Na semana passada, o exército israelita revelou um túnel em Gaza com cerca de quatro quilómetros de comprimento a 50 metros de profundidade, o maior que descobriu no enclave palestiniano, situado a menos de meio quilómetro da fronteira com Israel.
O túnel foi uma das portas de entrada do Hamas para o inédito e mortífero ataque de 07 de outubro em solo israelita.
Na sequência do ataque, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza, e, após mais de dois meses e meio, afirma não ter sido alvo de quaisquer ataques efetuados a partir da extensa rede de túneis existente no enclave palestiniano.
Entre outras razões mencionadas, Telavive argumenta que isto se deve à ação de uma unidade especializada.
Esta unidade, criada na guerra de 2014 de Israel contra o Hamas, fornece informações às tropas israelitas sobre "a rota dos túneis e como os bloquear", segundo o comunicado.
"Vamos continuar a descobrir e a obstruir as rotas subterrâneas do Hamas até que não as possam utilizar, embora tal possa demorar bastante", admitiu o exército israelita.
As forças israelitas têm entre os seus objetivos a destruição destes túneis em cidades como Khan Younis, no sul do enclave costeiro e próximo da fronteira com o Egito.
O ataque sem precedentes do Hamas a Israel envolveu, entre outros aspetos, a infiltração de cerca de 3.000 milicianos no território israelita, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 200 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e lançou uma ofensiva militar que fez pelo menos 21.110 mortos e 55.243 feridos, na sua maioria crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, controlado pelo grupo islamita desde 2007.
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