Sindicato decreta 3 dias de greve no principal hospital da Guiné-Bissau
Um grupo de profissionais do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), principal unidade médica da Guiné-Bissau, iniciou hoje uma greve geral para reivindicar o pagamento de cerca de seis meses de salários, disse à Lusa fonte do sindicato.
© Lusa
Mundo Guiné-Bissau
De acordo com fonte do Sindicato de Base do HNSM, a greve é para decorrer durante hoje, quinta-feira e sexta-feira, envolvendo médicos, enfermeiros, parteiras e pessoal de assistência hospitalar.
Em causa está "a promessa não cumprida" pelo Governo de que, até terça-feira, dia 26, seriam pagos um total de seis meses de salários em atraso.
Fonte da direção do Simão Mendes disse à Lusa que a greve "começou hoje, embora com pouco impacto, por ser o primeiro dia".
"Esta greve acontece no pior momento", observou a mesma fonte, que aponta para casos de acidentes e doenças relacionadas com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nesta quadra festiva.
A fonte explicou que a greve "ainda não é sentida" no Simão Mendes pelo facto de muitos técnicos desconhecerem que a paralisação teria mesmo lugar a partir de hoje.
"No momento de troca de turnos logo à noite, aí sim muitos técnicos não vão comparecer ao serviço", previu a fonte, citando experiências do passado.
A greve foi convocada pelo Sindicato de Base, que engloba cerca de 200 trabalhadores do HNSM, entre técnicos e pessoal de assistência hospitalar, na sua maioria contratados.
A fonte da direção do Simão Mendes indicou à Lusa que, neste momento, os cerca de 700 profissionais que trabalham no hospital aguardam para receber também cerca de seis meses de subsídios.
A direção do Simão Mendes tem esperanças de que, no Conselho de Ministros desta quinta-feira, o Governo encontrará uma solução e a paralisação será levantada, adiantou.
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