Em Kharkiv, o autarca Igor Terekhov referiu um "ataque maciço", tendo-se ouvido "pelo menos seis explosões", enquanto em Lviv, uma cidade mais raramente visada pelas forças da Rússia, o autarca Andriy Sadovyi mencionou "dois ataques".
Até ao momento, os dois responsáveis não referiram quaisquer danos materiais ou vítimas devido aos ataques russos.
Na quinta-feira, ataques russos mataram três pessoas e feriram nove num ataque de artilharia russa a duas aldeias nas margens do Dnieper, rio que separa os exércitos russo e ucraniano na região de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, de acordo com as autoridades locais.
O governador da aldeia de Bilenke, Iuri Malachko, precisou que todas as vítimas eram civis.
As forças russas também realizaram vários ataques na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, de acordo com a polícia regional.
Uma mulher sexagenária morreu devido aos ferimentos após um bombardeamento em Vovchansk, muito perto da fronteira com a Rússia, e outras duas mulheres ficaram feridas, disse a mesma fonte.
Três mulheres, com idades entre os 58 e os 76 anos, também ficaram feridas num ataque aéreo na vila de Glushkivka, disseram as autoridades.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 depois da desagregação da antiga União Soviética. Desde então, a Ucrânia tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Desde o outono, Moscovo tem aumentado os ataques noturnos contra cidades ucranianas, numa altura em que se levantam dúvidas sobre a continuação do apoio militar ocidental a Kiev.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
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