O rapper Alhaji Amadu Bah, conhecido pelo pseudónimo LAJ, foi um dos 352 presos, incluindo nove mulheres, indultados pelo Presidente Bio no dia de Ano Novo e libertados hoje, disse à Agência France Presse (AFP) o ministro da Informação, Chernor Bah.
Ele "mostrou um bom comportamento cívico quando regressou à prisão depois de ter sido forçado a sair durante a tentativa de golpe de Estado de 26 de novembro", disse o ministro Bah (que não é parente do agora ex-presidiário).
O popular músico foi detido primeiro durante dois anos, acusado de roubo, após ter, com outros elementos, atacado uma estação de serviço, e depois condenado a nove anos na Prisão Central de Freetown.
Cerca de 2.000 prisioneiros fugiram desta prisão, que foi invadida durante os acontecimentos de 26 de novembro de 2023, entre os quais o músico, que depois regressou voluntariamente.
Em 26 de novembro, em Freetown, homens atacaram um arsenal militar, dois quartéis, duas prisões e duas esquadras de polícia, tendo, segundo o Governo, sido mortas 21 pessoas.
De acordo com as autoridades, foram detidas oitenta pessoas relacionadas com os acontecimentos, na sua maioria soldados.
Bah deve a sua reputação às suas canções críticas contra o Governo do Presidente Bio, que foi reeleito em junho para um segundo mandato.
Enquanto esteve na prisão, com a permissão da administração, ele e outros reclusos produziram uma canção contra o consumo de kush, uma droga que está a causar estragos entre a juventude ociosa da Serra Leoa.
Dezenas dos seus fãs assistiram hoje à libertação, com t-shirts que diziam: "Bem-vindo à casa de LAJ".
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