Pelo menos dois mortos após confrontos no Bangladesh a dias das eleições

Pelo menos duas pessoas morreram hoje após violentos confrontos no Bangladesh, por ocasião das eleições gerais marcadas para domingo, boicotadas pela oposição, apesar do forte dispositivo de segurança montado para evitar confrontos.

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© Sony Ramany/NurPhoto via Getty Images

Lusa
04/01/2024 09:32 ‧ 04/01/2024 por Lusa

Mundo

Bangladesh

Ambas as vítimas morreram no Hospital Universitário Médico de Dhaka, na sequência de ferimentos após o início da violência no distrito central de Munshiganj e no distrito sudoeste de Pirojpur, explicou à agência espanhola EFE uma fonte policial.

"Ambos foram trazidos para cá gravemente feridos", acrescentou.

O chefe da polícia de Munshiganj, Aslam Khan, indicou que as autoridades estão a tentar prender os envolvidos neste incidente, no qual, segundo a imprensa local, as vítimas sofreram ferimentos de bala quando apoiantes de um candidato independente alegadamente atacaram uma sede do governo da Liga Awami.

Estes acontecimentos ocorrem apesar de o país ter destacado tropas militares e navais para reforçar a segurança, à medida que se aproxima o dia de domingo, data das eleições gerais.

Desde que as eleições foram anunciadas, em meados de novembro, pelo menos cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em confrontos.

A primeira-ministra, Sheikh Hasina, líder da Liga Awami, é a candidata favorita para conquistar o quarto mandato consecutivo, depois de a maioria dos partidos da oposição ter decidido boicotar as eleições.

O Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP) e outros grupos da oposição exigem que o governo se demita e transfira o poder para uma administração interina para gerir as eleições, uma exigência rejeitada pela Liga Awami.

O maior partido da oposição acusa ainda o governo de detenções em massa, ataques a líderes e ativistas partidários, tortura sob custódia, desaparecimentos forçados e detenções ilegais no período que antecedeu as eleições.

Face ao boicote da oposição, o 'think tank' International Crisis Group questionou a credibilidade destas eleições, num comunicado hoje divulgado.

"Afirmamos que as negociações entre a Liga Awami, no poder, e o Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), na oposição, são necessárias para evitar a instabilidade no curto prazo e trabalhar em direção a um novo acordo político que dará aos eleitores de Bangladesh uma escolha genuína no futuro", afirmou o grupo.

Leia Também: Líder da oposição exilado denuncia eleições fraudulentas no Bangladesh

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