Polícia realiza operação contra financiadores dos ataques a Brasília
A polícia brasileira realiza hoje uma nova fase da Operação Lesa Pátria para investigar os financiadores dos ataques realizados por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro contra as sedes dos três poderes há um ano, anunciou em comunicado.
© Lusa
Mundo Brasil
Na breve nota, a Polícia Federal referiu que realiza na manhã de hoje a 23.ª fase operação com o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos violentos ocorridos no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, há precisamente um ano.
Para esta fase, foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal 47 mandados judiciais (46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva), que estão a ser cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, Baía, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondónia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal.
Segundo as autoridades brasileiras, os factos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Investigações em curso, realizadas por autoridades brasileiras em resposta aos atos de destruição realizados nos edifícios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 08 de janeiro do ano passado por milhares de 'bolsonaristas', têm apontado que o ataque tinha o objetivo de semear o caos e tentar retirar do poder o Governo do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, depois da derrota eleitoral do ex-Presidente Jair Bolsonaro.
Nos últimos meses, a polícia brasileira, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal avançaram em investigações e punição aos executores desses atos. Cerca de 2.000 pessoas foram presas e acusadas, das quais trinta já foram condenadas a penas de até 17 anos de prisão.
Entre os já condenados e os que cumprem prisão preventiva, encontram-se 66 dos visados, enquanto os demais fizeram acordos com o Ministério Público ou ainda estão a ser investigados, mas estão em liberdade.
No entanto, as autoridades brasileiras ainda não chegaram a uma conclusão sobre a participação ou não do ex-presidente Bolsonaro na instigação desses atos nem sobre o papel dos financiadores, de funcionários públicos, incluindo militares, e de outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação.
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