Blinken volta a defender proteção dos civis em Gaza

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, insistiu hoje junto do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para a importância de poupar os civis palestinianos na guerra contra o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

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Lusa
09/01/2024 15:39 ‧ 09/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Durante uma reunião com Netanyahu em Telavive, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA) "reafirmou o apoio ao direito de Israel de evitar uma repetição dos ataques terroristas de 07 de outubro e sublinhou a importância de evitar mais danos civis e de proteger as infraestruturas civis em Gaza", de acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

Blinken - que chegou a Israel no âmbito de um novo périplo pela região do Médio Oriente, durante o qual também visitou países árabes - reafirmou o apoio de Washington ao direito dos israelitas de se defenderem dos ataques do Hamas, mas pediu cautela na resposta e na retaliação.

"O secretário de Estado reiterou a necessidade de garantir uma paz duradoura e sustentável para Israel e para a região", o que para os EUA também envolve o reconhecimento de um Estado palestiniano, informou a diplomacia norte-americana.

Nesta deslocação, Blinken também se encontrou com o Presidente israelita, Isaac Herzog, a quem elogiou a sua capacidade de liderança em tempos "incrivelmente complicados".

A agenda do chefe da diplomacia dos EUA em território israelita inclui ainda reuniões com familiares dos reféns que continuam em cativeiro na Faixa de Gaza, cuja libertação Blinken voltou a exigir hoje.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, dos quais mais de 120 permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora na Faixa de Gaza mais de 23 mil mortos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, pelo menos 315 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos.

Leia Também: Israel. Blinken acredita em "ligações reais" entre Israel e países árabes

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