Ucrânia? ONU precisa de 4,2 mil milhões de dólares para ajuda em 2024

As Nações Unidas anunciaram hoje que precisam de 4,2 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) para ajuda humanitária à Ucrânia em 2024 e para apoiar os refugiados que fugiram desde a invasão russa.

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© Andriy Andriyenko/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
15/01/2024 08:43 ‧ 15/01/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

A ONU insiste que "a recente onda de ataques é um lembrete do custo devastador da guerra para os civis", numa altura em que um inverno rigoroso aumenta a necessidade urgente de assistência humanitária.

Segundo a ONU, 14,6 milhões de pessoas necessitarão de ajuda humanitária na Ucrânia este ano, ou seja, 40% da população, incluindo 8,5 milhões de pessoas com necessidades prioritárias.

O apelo por doações para a Ucrânia ascende a 3,1 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros). Foram 3,9 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) para 2023, mas apenas 64% foram financiados. Também este ano, a ONU decidiu rever o valor em baixa, optando por se focar nas necessidades mais urgentes.

"Centenas de milhares de crianças vivem em comunidades da linha da frente, aterrorizadas, traumatizadas e privadas das coisas mais básicas", afirmou o secretário-geral adjunto para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, num comunicado.

"Este simples facto deveria obrigar-nos a fazer todo o possível para levar mais ajuda humanitária à Ucrânia", acrescentou o responsável, explicando: "Casas, escolas e hospitais são regularmente alvo de ataques, bem como as redes de água, gás e eletricidade. É o próprio tecido da sociedade que é atacado, com consequências devastadoras".

Quanto aos refugiados, Griffiths e o chefe da agência da ONU para os refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, lançaram o seu plano de ajuda numa conferência de imprensa conjunta no escritório da ONU em Genebra. Cerca de 6,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão russa, há cerca de dois anos.

Este plano visa angariar 1,1 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) para ajudar algumas delas, ou seja, 2,3 milhões de pessoas, e as suas comunidades anfitriãs.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Leia Também: Kyiv acusa Rússia de uso de armas químicas proibidas e denuncia 626 casos

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