Segundo o despacho presidencial, publicado no Diário da Republica de 11 de janeiro, os trabalhos justificam-se com a necessidade de cumprir as recomendações da UNESCO, e inscrevem-se na promoçao e dinamização do turismo cultural naquela região histórica e de importância nacional e mundial.
O acordo de financiamento entre Angola e a sociedade Áurea-SDVM, através da linha de financiamento estruturado pelo Banco Angolano de Investimento visa financiar os contratos de empreitada e fiscalização de obras públicas para a recuperação dos sitios histórico-culturais.
O centro histórico da cidade de Mbanza Congo entrou na lista de património mundial da UNESCO em 2017, sendo a primeira classificação do género do país
A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava perfeitamente organizado aquando da chegada dos portugueses, no século XV.
A área classificada envolve um conjunto cujos limites abrangem uma colina a 570 metros de altitude e que se estende por seis corredores. Inclui ruínas e espaços entretanto alvo de escavações e estudos arqueológicos, que envolveram especialistas nacionais e estrangeiros.
Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências.
O cemitério dos antigos Reis do Congo ou o museu, adaptado do antigo palácio daquela monarquia e que hoje guarda algumas relíquias seculares daquele povo, são outros espaços históricos, abrangidos pela classificação da UNESCO.
Mbanza Congo ficou conhecida à época pela difusão da escrita por ser a "cidade dos sinos", face à conversão dos reis do Congo ao cristianismo introduzido pelos contactos com os portugueses.
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