ONU condena bombardeamentos do Irão contra Curdistão iraquiano

A ONU condenou hoje os ataques realizados pela Guarda Revolucionária iraniana contra a capital da região do Curdistão iraquiano, Erbil, que provocaram pelo menos quatro mortos.

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Lusa
16/01/2024 15:19 ‧ 16/01/2024 por Lusa

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"Condenamos fortemente o ataque iraniano contra locais em Erbil (...), na região do Curdistão iraquiano, que causou vítimas civis", afirmou a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque (UNAMI) numa mensagem publicada na rede social X [antigo Twitter].

"Os ataques, de qualquer lado, que violem a soberania e a integridade do Iraque devem acabar. As preocupações de segurança devem ser abordadas através do diálogo e não de bombardeamentos", referiu a mensagem.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque convocou hoje o seu embaixador em Teerão, Nassir Abdel Mohsen, "para consultas", após os ataques com mísseis realizados pela Guarda Revolucionária iraniana contra a região autónoma do Curdistão iraquiano.

O embaixador iraquiano foi "convocado para consultas no contexto dos últimos ataques iranianos a Erbil, que deixaram mártires e feridos", lê-se num comunicado da diplomacia iraquiana em Bagdad, um grande aliado político e parceiro económico estratégico do Irão.

O Ministério iraquiano também convocou hoje o encarregado de negócios iraniano em Bagdad para lhe entregar uma "carta de protesto" na sequência dos ataques com mísseis dos Guardas da Revolução no Curdistão autónomo.

Na carta entregue ao encarregado de negócios, Abol Fadl Azizi, o Iraque "condena a agressão levada a cabo contra vários setores de Erbil, que resultou em vítimas civis", segundo um comunicado diplomata iraquiano.

"A agressão é uma violação flagrante da soberania iraquiana, que viola (...) o direito internacional e ameaça a segurança da região", disse a mesma fonte.

Anteriormente, o Governo do Iraque condenou os disparos de mísseis, realizados por Teerão no Curdistão autónomo no norte do país, uma ação que considerou uma "agressão visando a soberania do Iraque e a segurança da população".

As autoridades iraquianas "vão tomar todas as medidas legais" necessárias, incluindo "uma queixa junto do Conselho de Segurança" da ONU, na sequência destes ataques, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque, no primeiro comunicado.

A diplomacia iraquiana anunciou também a formação de uma comissão de inquérito para provar "à opinião pública iraquiana e internacional a falsidade das alegações dos responsáveis por estes atos condenáveis".

Na segunda-feira, o Irão afirmou que lançou ataques contra alvos ligados ao grupo Estado Islâmico [EI] e "espiões do regime sionista [Israel]" na Síria e no Iraque, onde atingiu uma área perto do consulado dos Estados Unidos, no Curdistão iraquiano.

Leia Também: ONU considera método de execução por hipoxia nos EUA comparável à tortura

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