O Presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, descreveu a guerra em Gaza como "imoral e inaceitável".
"Exigimos o fim imediato desta guerra injusta contra os palestinianos e a implementação da solução de dois Estados", afirmou.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 24.400 palestinianos morreram e as Nações Unidas afirmam que um quarto das 2,3 milhões de pessoas encurraladas em Gaza estão a passar fome.
Em Israel, cerca de 1.200 pessoas foram mortas durante o ataque de 07 de outubro do Hamas, que desencadeou a guerra e fez cerca de 250 pessoas reféns.
Mahamat pediu aos Estados do Movimento dos Não-Alinhados que exigissem justiça internacional para os palestinianos.
As suas observações foram repetidas pelo Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que apelou à libertação de todos os reféns e "ao reinício das conversações sobre uma solução justa que ponha fim ao sofrimento do povo palestiniano".
Ramaphosa apelou ainda a um acesso humanitário alargado e sem entraves para permitir que a ajuda vital e os serviços básicos satisfaçam as necessidades de todos os que vivem em Gaza.
A África do Sul apresentou um processo no Tribunal Internacional de Justiça contra Israel por genocídio e pediu ao tribunal superior das Nações Unidas (ONU) que ordenasse a suspensão imediata das operações militares israelitas em Gaza.
"Isto é necessário para proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis aos direitos do povo palestiniano", disse Ramaphosa.
Na abertura da Cimeira, o presidente da 78.ª Assembleia Geral da ONU, Dennis Francis, pediu ao Movimento dos Não-Alinhados para que exerçam influência para parar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
"Devo dizer-lhes que estou profundamente preocupado e, na verdade, chocado com a calamidade em curso na Faixa de Gaza", disse Dennis Francis na sessão de abertura.
O Movimento dos Não-Alinhados, composto por 120 Estados, foi formado durante o colapso dos sistemas coloniais e no auge da Guerra Fria.
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