Julgamento de Trump adiado devido a doença de membro do júri
O julgamento por difamação do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump à escritora E. Jean Carroll foi adiado, devido a doença por parte de um dos nove membros do júri.
© Justin Sullivan/Getty Images
Mundo EUA
Quer a escritora, quer o magnata republicano, estavam presentes no tribunal quando o juiz Lewis Kaplan cancelou a sessão.
Além disso, todos os jurados foram hoje submetidos a testes de covid-19, já que a advogada de Trump, Alina Habba, disse que esteve em contacto com os pais há três dias e que posteriormente estes testaram positivo para coronavírus, noticiou a agência Efe.
A advogada frisou ao juiz que o ex-presidente e candidato nas primárias republicanas pretende testemunhar no julgamento, mas não poderá comparecer em tribunal esta terça-feira porque é o dia das primárias de New Hampshire, importantes para a indicação do seu partido às presidenciais de novembro.
"Não vou decidir [se Donald Trump pode testemunhar na quarta-feira) neste momento", respondeu Kaplan, que também não deixou claro se a audiência será retomada esta terça-feira.
Por sua vez, o advogado de Carroll apontou que a escritora não pretende prolongar mais o julgamento e gostaria que este terminasse na terça-feira.
Neste julgamento, Trump terá de responder às acusações de difamação de Carroll quando alegou, em 2019, que não conhecia a escritora, e demonstrar que a sua confissão, feita nesse mesmo ano, de que o ex-presidente a tinha abusado sexualmente na década de noventa, era falsa.
Na última terça e quarta-feira, Trump sentou-se no banco dos réus, onde ouviu o testemunho de Carroll.
Em maio passado, um júri já condenou Trump por abuso sexual, difamação da escritora e pelo pagamento de uma quantia de 5 milhões de dólares.
Neste novo julgamento, o júri terá de decidir se Trump prejudicou a reputação da escritora com as suas declarações de 2019 e, em caso afirmativo, as sanções financeiras subsequentes.
Carroll está a pedir 10 milhões de dólares em indemnização, valor abaixo dos 12,1 milhões de dólares que Carroll poderia ter de pagar para restaurar o seu bom nome e credibilidade, segundo o depoimento de um especialista contratado pela equipa jurídica da escritora.
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