Acolheu pessoas em igreja, foi acusado e agora vai processar autarquia
Pastor acolheu várias pessoas em situação de sem-abrigo na sua igreja e acabou acusado pela autarquia de estar a violar a lei. Agora, avançou com um processo contra a autarquia num tribunal federal dos EUA.
© Spencer Weiner-Pool/Getty Images
Mundo EUA
O pastor Chris Avell, da igreja Dad's Place, manteve abertas as portas do espaço 24 horas por dia, durante vários meses, para acolher pessoas em situação de sem-abrigo... e a autarquia não gostou. O caso aconteceu em Bryan, no estado de Ohio, Estados Unidos.
A 3 de novembro de 2023, foi acusado de 18 violações da lei local, alegando a autarquia que a legislação impedia residentes de pernoitar no primeiro andar daquela propriedade, naquela zona da cidade. O chefe dos bombeiros local disse também ter encontrado violações de códigos de segurança na igreja.
Segundo a NBC News, no entanto, Avell discordou da acusação e decidiu avançar, na segunda-feira, com um processo contra a autarquia num tribunal federal, acusando-a de discriminação em bases religiosas. O pastor acusa ainda funcionários da autarquia de lançar uma campanha de assédio contra a igreja.
Concretamente, o processo visa a câmara de Bryan, a sua presidente, Carrie Schalde, o capitão Jamie Mendez, do departamento de polícia de Bryan, o administrador de urbanismo da câmara, Andrew J. Waterson, e o chefe dos bombeiros de Bryan, Doug Pool.
Na passada sexta-feira, a autarquia argumentou ainda que "a única razão pela qual continua a haver uma preocupação de segurança é porque Crhis Avell ignorou os avisos da Câmara no outono, levando às acusações criminais" em questão.
A igreja Dad's Place funciona há cinco anos na cidade, tendo decidido, em março, abrir as suas portas 24 horas por dia para albergar e alimentar pessoas em situações vulneráveis. Tal aconteceu sem registo de "incidentes", lê-se na NBC News, com uma média de oito pessoas a pernoitar no espaço, por noite.
A autarquia alegou, no entanto, que a polícia recebeu um número alarmante de queixas em maio de 2023, acusando "atividades inadequadas" que decorriam no espaço.
Em novembro, a igreja recebeu um aviso para deixar de operar durante 24 horas por dia, ou então "enfrentar penalizações legais".
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