Os diplomatas abordaram ainda a organização de uma missão de observação eleitoral da União Europeia às eleições presidenciais previstas para o segundo semestre de 2024.
Nas reuniões, segundo um comunicado divulgado pela Delegação da União Europeia na Venezuela (UE-VE), teve lugar "prévio convite das autoridades" e nela participaram a vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e o presidente do parlamento e chefe da delegação que representa o Governo venezuelano nas negociações, Jorge Rodríguez.
"Durante estas reuniões, os representantes da União Europeia e dos seus Estados-Membros manifestaram o seu apoio ao processo de diálogo [entre o Governo do Presidente Nicolás Maduro e a oposição], à realização de eleições justas, transparentes e competitivas em 2024", explica o comunicado.
Segundo o documento, "reiteraram igualmente o seu forte apoio à aplicação dos Acordos de Barbados [assinado em outubro de 2023] e a sua disponibilidade para discutir com as autoridades a organização de uma missão europeia de observação eleitoral".
No Twitter, a UE-VE, divulgou uma foto de 12 diplomatas e representantes da UE, entre eles o embaixador de Portugal na Venezuela, João Pedro Fins do Lago, tomada junto da estátua do Libertador Simón Bolívar, nas proximidades do parlamento venezuelano, do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela e da sede da vice-presidência da República, no centro de Caracas.
A foto vai acompanhada por uma mensagem explicando que "os embaixadores e representantes diplomáticos de vários Estados-Membros da UE estão a realizar uma agenda de reuniões em Caracas com atores relevantes para a aplicação dos Acordos de Barbados".
A mensagem foi divulgada no mesmo dia em que o presidente da Assembleia Nacional e chefe da delegação que representa o Governo venezuelano nas negociações, Jorge Rodríguez, acusou a oposição venezuelana de estar envolvida em conspirações contínuas para derrotar o Governo da Venezuela e inclusive para assassinar o Presidente Nicolás Maduro.
Jorge Rodríguez insistiu ainda, durante uma sessão parlamentar, que a opositora Maria Corina Machado, não será candidata presidencial, por estar legalmente desqualificada.
Em outubro de 2023, a opositora Maria Corina Machado, venceu, com 92,35% dos votos as eleições primárias da Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reúne os principais partidos opositores venezuelanos) para concorrer contra Nicolás Maduro.
Em dezembro último Maria Corina Machado apresentou um recurso contra a sua desqualificação, perante o Supremo Tribunal de Justiça, estando a aguardar pela decisão daquele organismo.
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