Rússia prolonga prisão de jornalista norte-americano (até final de março)

Evan Gershkovich foi detido em março do ano passado, durante uma viagem de trabalho à Rússia, na qual foi acusado de espionagem a favor dos Estados Unidos.

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© Assessoria de Imprensa do Tribunal da Cidade de Moscou/ Folheto via REUTERS

Notícias ao Minuto com Lusa
26/01/2024 08:48 ‧ 26/01/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Evan Gershkovich

Um tribunal de Moscovo prolongou a prisão preventiva do jornalista do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, até ao final de março, um ano após a sua detenção por espionagem.

A decisão foi tomada numa audiência à porta fechada, tendo as autoridades russas alegado que os pormenores do processo penal contra o jornalista são confidenciais, revelam agências de notícias russas citadas pela Sky News.

Gershkovich foi detido em março, durante uma viagem para um reportagem à cidade russa de Yekaterinburg, cerca de 2.000 quilómetros a leste de Moscovo, capital da Rússia.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia alegou que o repórter, "agindo de acordo com as instruções do lado americano, recolheu informações que constituem segredo de Estado sobre as atividades de uma das empresas do complexo militar-industrial russo".

Gershkovich e o Wall Street Journal negam veementemente as acusações e o governo dos EUA declarou que o repórter foi detido injustamente.

As autoridades russas não apresentaram publicamente quaisquer provas que apoiem as acusações de espionagem.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que só irá considerar uma troca por Gershkovich após o veredito do seu julgamento.

Na Rússia, os processos de espionagem podem durar mais de um ano. O jornalista norte-americano arrisca uma pena de prisão de até 20 anos.

Leia Também: Rússia rejeitou proposta "substancial" para libertar 2 norte-americanos

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