Um homem russo que viajou num avião da Dinamarca para Los Angeles, nos Estados Unidos, em novembro, sem passaporte ou bilhete foi considerado culpado de ser um passageiro clandestino num avião, decidiu um júri federal esta sexta-feira.
Sergey Vladimirovich Ochigava chegou ao Aeroporto Internacional de Los Angeles a 4 de novembro através do voo 931 da Scandinavian Airlines, proveniente de Copenhaga.
Um funcionário das Alfândegas e Proteção das Fronteiras dos Estados Unidos não conseguiu encontrar Ochigava na lista do voo ou em qualquer outro voo internacional de chegada.
Após um julgamento de três dias, o júri do tribunal considerou Ochigava, de 46 anos, culpado de uma acusação de ser passageiro clandestino num avião, noticia a Associated Press.
Os procuradores apresentaram provas no julgamento que mostraram que Ochigava entrou num terminal do Aeroporto de Copenhaga, na Dinamarca, sem cartão de embarque, ultrapassando um passageiro desprevenido através de um torniquete de segurança. No dia seguinte, embarcou no avião sem ser detetado.
A tripulação do avião disse aos investigadores que, durante a partida do voo, Ochigava estava num lugar que deveria estar desocupado. Depois da partida, continuou a vaguear pelo avião, mudando de lugar e tentando falar com outros passageiros, que o ignoraram, segundo a queixa.
O homem também comeu "duas refeições durante cada serviço de refeição e, a certa altura, tentou comer o chocolate que pertencia aos membros da tripulação de cabine", referiu ainda.
Os agentes da Alfândega e Proteção das Fronteiras revistaram a sua mala e encontraram o que "pareciam ser cartões de identificação russos e um cartão de identificação israelita" e, no seu telemóvel, uma fotografia que mostrava parcialmente um passaporte com o seu nome, data de nascimento e número de passaporte, mas não a sua fotografia.
Ochigava "deu informações falsas e enganosas sobre a sua viagem para os Estados Unidos, incluindo dizer inicialmente que tinha deixado o seu passaporte americano no avião e que não dormia há três dias e não compreendia o que se estava a passar", deu ainda conta a queixa.
O homem pode ser condenado a uma pena máxima de cinco anos de prisão federal quando for sentenciado a 5 de fevereiro, informou o Departamento de Justiça dos EUA, em comunicado.
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