"Nunca mais a exclusão e a privação de direitos. Nunca mais a ideologia racial e a desumanização. Nunca mais a ditadura. Este é o principal objetivo do nosso Estado", disse o chefe de governo alemão, segundo a televisão ARD.
A comemoração coincide com o 79.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz e surge num contexto de mobilização generalizada contra os partidos de extrema-direita na Alemanha.
O objetivo é combater "todas as formas de antissemitismo, propaganda terrorista e misantropia. O nosso país está de novo de pé, mas o nunca mais exige a vigilância de todos. A nossa democracia não vem da providência. Vem do trabalho", alertou Scholz.
"Milhões de cidadãos estão a sair às ruas pela democracia, pelo respeito e pela humanidade", face aos populistas que "espalham o medo e o ódio", aos "neonazis e às suas redes obscuras".
A ministra dos Negócios Estrangeiros e ambientalista Annalena Baerbock também se juntou ao apelo, pedindo que se tirem lições das atrocidades do nacional-socialismo.
"A Alemanha nazi sufocou todos os milagres e levou o mundo ao abismo da humanidade. A nossa responsabilidade é moldar o nosso presente a partir do passado. Nunca mais é agora", publicou no X.
Entretanto, o Comité de Auschwitz apelou a uma ação mais dura contra o extremismo de direita na Alemanha e também no resto da Europa. O seu vice-presidente executivo, Christoph Heubner, alertou para a existência de redes de "mentirosos conspiradores" e "agitadores".
O Conselho Central dos Judeus na Alemanha sublinhou a importância da preservação dos locais históricos e dos antigos campos de extermínio, a fim de preservar a memória do Holocausto como forma de reforçar "a democracia viva", nas palavras do seu presidente, Josef Schuster.
A Conferência Episcopal Alemã também apoiou estas posições.
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