ONU reage a suspensões de fundos a palestinianos: "Chocante"

Países como os Estados Unidos, Reino Unido ou Alemanha já suspenderam a sua ajuda financeira à agência da Organização das Nações Unidas Para os Refugiados Palestinianos enquanto decorrem investigação.

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© Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images

Teresa Banha
27/01/2024 22:06 ‧ 27/01/2024 por Teresa Banha

Mundo

Israel/Palestina

O diretor da agência da Organização das Nações Unidas Para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, considerou chocante a suspensão temporária de fundos por parte de vários países.

"É chocante ver uma suspensão de fundos à agência em reação a alegações contra um pequeno grupo de funcionários, especialmente tendo em conta as medidas imediatas que a UNRWA tomou ao rescindir os seus contratos e ao pedir uma investigação independente e transparente", referiu o responsável em comunicado citado pelas publicações internacionais.

As declarações surgem depois de vários países - entre os quais os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália ou Austrália - terem suspendido temporariamente os fundos para a agência.

"Estas decisões ameaçam o nosso trabalho humanitário em curso em toda a região, incluindo e especialmente na Faixa de Gaza", sublinhou o responsável da ONU.

despedimentos de vários funcionários foi anunciado na sexta-feira, depois de Telavive fazer acusações sobre alegados envolvimentos de trabalhadores da ONU no ataque do Hamas em Israel a 7 de outubro. Já hoje o grupo islamita veio negar a colaboração das suas milícias com a ONU.

Lazzarini notou ainda que a UNRWA é "a principal agência humanitária em Gaza, com mais de dois milhões de pessoas a dependeram desta para sobreviver".

"Cerca de três mil dos 13 mil funcionários em Gaza continuam a apresentar-se ao trabalho, dando às suas comunidades uma linha de vida que pode cair a qualquer momento devido à falta de financiamento", notou.

Aquando do anúncio da cessação de contratos com os funcionários da ONU, o diretor da agência anunciou também que foi aberto um inquérito e que a provar-se a culpa, os funcionários iriam ser responsabilizados criminalmente.

Leia Também: Entre acusações e 'cortes', Gaza terá menos ajuda da ONU. O que se passa?

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