O grupo islamita Hamas reiterou, esta segunda-feira, que a libertação de reféns israelitas só acontecerá se Israel terminar a sua ofensiva na Faixa de Gaza. A posição surge após uma reunião secreta entre representantes dos Estados Unidos, Israel, Qatar e Egito, em Paris, sobre um acordo em troca de um cessar-fogo de dois meses.
"O sucesso da reunião de Paris depende se a Ocupação [Israel] concorda em acabar com a agressão abrangente à Faixa", indicou Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, à agência de notícias Reuters.
A publicação adiantou, contudo, que as declarações de Zuhri não deixaram claro se o Hamas libertaria todos os 132 reféns que permanecem em Gaza, ou apenas alguns.
Segundo meios de comunicação israelitas, os chefes dos serviços secretos de Israel, EUA, Egito e Qatar reuniram-se em Paris, França, para avançar nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza.
O diretor da Mossad, David Barnea, o diretor do Shin Bet, Ronen Bar (os dois serviços secretos israelitas) e o major-general Nitzan Alon, enviado para os reféns, deslocaram-se a Paris para se encontrarem com o diretor da CIA, William Burns, o chefe dos serviços secretos egípcios, Abbas Kamel, e o primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abderrahman Al Thani, que negoceia em nome do grupo islamita Hamas.
Questionado pela Efe sobre a reunião, o gabinete do primeiro-ministro israelita limitou-se a dizer que "Israel está a fazer e continuará a fazer tudo o que for possível para a libertação imediata de todos os reféns".
Israel não aceita o fim das hostilidades, apenas um cessar-fogo temporário para permitir a libertação dos reféns e prosseguir depois o seu objetivo de destruir o Hamas, enquanto o Hamas exige a retirada total das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
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