Confrontos na fronteira entre o Sudão e o Sudão do Sul resultaram, durante o fim de semana, na morte de mais de 50 pessoas, alertaram as Nações Unidas (ONU).
Entre os mortos estão elementos de forças de manutenção da paz da ONU, disse a BBC, afirmando que este é o incidente mais mortífero dos últimos três anos na região de Abyei.
No sábado, dois grupos armados iniciaram ataques à região, registando-se ataques, no domingo, a membros das forças de manutenção da paz, quando transportavam civis feridos para uma unidade hospitalar.
Abyei é uma região administrada conjuntamente entre o Sudão e o Sudão do Sul, reclamando ambos os países o território, rico em petróleo, desde a independência do Sudão do Sul, em 2011.
Segundo um comunicado das autoridades da Área Administrativa Especial de Abyei, citado pela BBC, um grupo de "rebeldes" juntou-se a jovens armados da fação Twic, realizando "ataques bárbaros coordenados". Citado pela agência de notícias AFP, Rou Manyiel Rou, secretário-geral da referida área administrativa, diss que a violência estava ligada a um antigo "conflito entre as comunidades Ngok e Twic (Dinka)".
No primeiro dia dos ataques, morreram 42 pessoas, a maioria mulheres e crianças. Entre os mortos está um cidadão do Gana e outro do Paquistão, elementos das forças de manutenção da paz da ONU.
"Atualmente, de acordo com as autoridades locais, 52 civis perderam a vida, enquanto outros 64 estão gravemente feridos", lê-se num comunicado das Nações Unidas desta segunda-feira.
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