O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que detetou o lançamento por volta das 07h00 (23h00 de segunda-feira em Lisboa), de acordo com um comunicado.
As agências de informações de Washington e Seul "estão atualmente a realizar uma análise detalhada" dos disparos, disse, sem avançar quaisquer dados, incluindo número de mísseis e distância percorrida.
"Os nossos militares estão a cooperar estreitamente com os Estados Unidos, ao mesmo tempo que reforçam a vigilância e acompanham de perto as atividades da Coreia do Norte", afirmou na mesma nota.
No sábado, o regime de Pyongyang já tinha efetuado testes de dois mísseis de cruzeiro lançados a partir de um submarino, na direção do mar Amarelo, a oeste da península coreana.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou pessoalmente os testes, anunciou a agência de notícias estatal da Coreia do Norte KCNA.
A 24 de janeiro, Pyongyang já tinha lançado mísseis de cruzeiro na direção do mar Amarelo, alegando tratar-se de uma nova geração de mísseis estratégicos de cruzeiro.
No dia seguinte, a KCNA afirmou que o teste fazia parte de "um processo de atualização constante do sistema de armas e de uma atividade regular e obrigatória".
Ao contrário dos mísseis balísticos, cuja trajetória é essencialmente no espaço, os testes de mísseis de cruzeiro, que voam na atmosfera, não estão sujeitos às sanções impostas à Coreia do Norte pela ONU.
As tensões entre Pyongyang e Seul aumentaram acentuadamente nos últimos meses. Os dois países inimigos renegaram acordos alcançados em 2018 para evitar incidentes armados e aumentaram recursos militares na fronteira.
Kim Jong-un afirmou, na passagem de ano, que a península coreana está "cada vez mais perto de um conflito armado" e na semana passada ordenou a retirada de símbolos de reconciliação com a Coreia do Sul, apelidada de "inimigo principal invariável" e "fantoche de primeira classe".
Em resposta, o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, indicou que os comentários de Kim mostram a natureza "antinacional e anti-histórica" da administração norte-coreana, afirmando que o país mantém a prontidão em termos de defesa e irá punir o Norte "múltiplas vezes", se houver provocação.
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